terça-feira, 7 de julho de 2009

Com amor.

Tu me deste o maior dos deleites.
Levaste-me através das estrelas
Ao vértice mais agudo do prazer.
Tocaste em todos os meus lábios
Como um beija-flor delicado.
Mergulhaste no meu busto de veludo
E paraste meu coração.

Por isto, meu Senhor,
Pague-me mais.
Sou dama da noite;
E com amor é mais caro.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Teatro.

Esses dias eu ando meio sem mim.
Uma sensação estranha de estar assistindo
tudo de camarote.
Como numa peça.
Sou só mais um personagem, atuando,
sem o menor controle das próximas cenas.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Momento constante.

Tudo, no momento, preso.
Preciso de uma trégua dessa insanidade de sentidos.
Agitados, em constante colisão.
Pura inquietude.
Rasgando a carne em momentos ébrios.
Todos os meus monstros mascarados
em fúria.

Quero paz.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vertigem.

Os dias se arrastando pelo tempo
e minha cabeça em pensamento,
parada.
Sentada na beira do precipício
o medo entorpece e paralisa.

Será que eu pulo?

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Parei.

Confesso que
esse seu jeito de incógnita
arrancou meu juízo sem dó..
Cheguei até a alcançar a insanidade dos filmes.
Mas, creia,
Apesar de eu ter um bom tanto de defeitos
e coleções de dias virados..
Não sou de sair por aí juntando
cacos, nem de esperar bom apreço não.
Sei a hora de parar.
Principalmente quando não me vale a pena.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sem Bem.

Já faz um cadim de tempo..
Meu coração parou de pintar.
Agora vive nessa, de riscar e amassar papel.
A poesia vem visitar de vez em quando, sabe.
Faz o que pode pra enganar a distância.
Sempre tenta convencê-lo de que o fim está longe.
Mas ele anda amargurado, ressentido, metido a independente.
Joga os pincéis de lado e grita que cansou.

E eu fico aqui, , a mercê da sorte.
Tentando essa vida sem cores.
Uma tela em branco,
na espera de um novo Bem.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Não me julgues, não me tentes.




De longe você me olha..
Eu percebo, não se engane.
Me desafiando ao primeiro passo.
Tentando ler meus gestos sem razão.
Até brinco. Não minto que gosto desse jogo.
Mas amor,
Não ando lançando por aí minha cara à tapa..
Com um toque descrente,
De ilusões sou entendida.
Me forço então a só te olhar discreta.
e te cobiçar em paz..

Pena que você se parece comigo.