quarta-feira, 27 de maio de 2009

Parei.

Confesso que
esse seu jeito de incógnita
arrancou meu juízo sem dó..
Cheguei até a alcançar a insanidade dos filmes.
Mas, creia,
Apesar de eu ter um bom tanto de defeitos
e coleções de dias virados..
Não sou de sair por aí juntando
cacos, nem de esperar bom apreço não.
Sei a hora de parar.
Principalmente quando não me vale a pena.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sem Bem.

Já faz um cadim de tempo..
Meu coração parou de pintar.
Agora vive nessa, de riscar e amassar papel.
A poesia vem visitar de vez em quando, sabe.
Faz o que pode pra enganar a distância.
Sempre tenta convencê-lo de que o fim está longe.
Mas ele anda amargurado, ressentido, metido a independente.
Joga os pincéis de lado e grita que cansou.

E eu fico aqui, , a mercê da sorte.
Tentando essa vida sem cores.
Uma tela em branco,
na espera de um novo Bem.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Não me julgues, não me tentes.




De longe você me olha..
Eu percebo, não se engane.
Me desafiando ao primeiro passo.
Tentando ler meus gestos sem razão.
Até brinco. Não minto que gosto desse jogo.
Mas amor,
Não ando lançando por aí minha cara à tapa..
Com um toque descrente,
De ilusões sou entendida.
Me forço então a só te olhar discreta.
e te cobiçar em paz..

Pena que você se parece comigo.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Desabafo da Vadia infeliz para o seu Puto cruel.

Quando suas mãos ora se deleitam nos meus seios, ora se embaraçam selváticas no meu cabelo..
Sou deusa.
Quando, na cama, suas pernas controlam o movimento sôfrego em rígidos impulsos..
Sou impecável.
Quando te olho e seus olhos, sempre inacreditáveis, inebriam-se com a visão tórrida do meu corpo fervente..
Pareço-te uma princesa.

Mas de vadia você me chama!

Devia mesmo lhe comprar um espelho do tamanho desse seu despotismo, pra você enxergar que deixar a noiva sonhando com véu e grinalda enquanto se satisfaz ditoso com sua princesinha aqui não tem nada de nobre.
Vadio você!
Não tente mascarar com uma história de contos de fadas de vidas passadas.
Você é culpado.
E não há amor que lhe isente disso.
Tão correto você, não é? Tão cheio de propriedade para criticar, hein?!

VADIA! Você disse.
Então encare o desprazer de amar uma infausta vadia.
Já encarei o meu faz tempo.